Geminário por Marilea Bernhardt, Lúcia Camargo da Silva e Lucia Belitz 

Eu tinha muito medo dele quando menina . Mas depois vi que ele não fazia mal a ninguém. Tinha pena dele por viver na rua e não ter ninguém. Era um solitário andando nas ruas de S.Pedro, pegando chuva, mas sempre igual. No frio ou no calor.

Lembro-me como se fosse hoje. Nos anos 82,83 e 84; quando eu fazia o ensino médio no colégio Dífelo Monteiro, eu passava pelo centro de São Pedro, o então conhecido Geminário estava geralmente enrolado em seu cobertor marrom, não se importava muito se fazia sol, chuva calor, frio. Nem dava muita importância pelo o que os outros pensavam dele, estava sobrevivendo. Me pareceu sempre um homem calmo, talvez porque nunca conversei com ele, não me atrevi a perguntar o porque de ele viver na rua caminhando, comendo e dormindo. Sua marca registrada é que ele coçava o nariz de uma forma engraçada. Vim para Santa Maria em 85 e nunca mais soube do Germinario.

10599313_689388184478149_2664982222131023566_nDo fundo do baú… Viajei nó tempo agora… Quando tinha uns 12 anos estudava no 29, na ida ou vinda sempre o via…tinha medo, atravessava a rua e andava bem rápido p ELE não me pegar…tadinho nunca fez mal a ninguém….que saudades daquele tempo. Parabéns  teve a brilhante ideia de ressuscitar o Germi…

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